A presidente Dilma Rousseff desembarca nesta quarta-feira (18) em Brasília após cinco dias de descanso na base naval de Aratu, na Bahia. E sabe que terá muito trabalho pela frente para arrumar as coisas no governo. Caso queira fazer valer, de fato, a máxima de que a vida no país só começa após o carnaval, a presidente terá de apagar os equívocos na articulação política e iniciar a fase do diálogo prometida durante a campanha eleitoral.
Está prevista para esta quarta-feira uma reunião da presidente com o Conselho Político. O grupo já havia se reunido com os ministros mais próximos na noite de quinta-feira – véspera do embarque de Dilma para Aratu – horas após o encontro dela com o ex-presidente Lula. A expectativa, agora, é saber como a presidente digeriu os conselhos de Lula e se, de fato, ela voltará a ouvir as propostas feitos pelo padrinho político. Lula sugeriu que ela se reaproximasse do PMDB e, especialmente, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). E que pusesse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na linha de frente da defesa das medidas de ajuste fiscal encaminhadas ao Congresso.
Na próxima semana, os ministros Carlos Gabbas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) devem conversar com os integrantes da base aliada para explicar a importância da aprovação das medidas provisórias que alteram regras trabalhistas e previdenciárias. Caberá ao secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, o diálogo com os movimentos sociais e sindicatos. Na mesa, as alterações nos cortes ao Orçamento previstos pelo governo.
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