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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Morre Roberto Talma, um dos grandes nomes da TV brasileira

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O diretor da TV Globo Roberto Talma morreu na madrugada desta quinta-feira (23), aos 65 anos, de falência múltipla dos órgãos decorrente de insuficiência renal crônica e doença arterial coronariana. Ele estava internado desde março no hospital Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Um dos grandes nomes da televisão brasileira, responsável pelos videoclipes do Fantástico nos anos 1970 e pela criação de séries com Armação Ilimitada na década de 1980, Talma vinha sofrendo problemas de saúde desde o começo dos anos 2000. Ele deixa três filhos.
Talma trabalhou na Globo durante 45 anos ao todo, e teve passagens também pela TV Rio, Record, Bandeirantes, Excelsior, Tupi e SBT _nesta última como produtor independente. Nos últimos anos, seu núcleo foi responsável pelas novelas Negócio da China (2008), Vida Alheia (2010), O Astro (2011), Aquele Beijo (2011) e Gabriela (2012), além da microssérie Amor em 4 Atos (2011), com quatro episódios inspirados em canções de Chico Buarque.
Trajetória
Roberto Talma Vieira nasceu no dia 29 de abril de 1949, em São Paulo, e começou a carreira com apenas nove anos, na TV Record, com um grupo de sapateado. No início da década de 1960, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou pelas TVs Rio, Excelsior e Tupi, antes de chegar à Globo em 1969, onde foi operador de vídeo. Ele fez parte da primeira equipe do Fantástico, em 1973, além de Globo Repórter e Globo de Ouro.
Trabalhou com Walter Avancini na direção de Selva de Pedra (1972) e Saramandaia (1976), antes de voltar à Tupi para uma rápida passagem de 11 meses, voltando à Globo em seguida para dirigir shows e clipes exibidos no Fantástico. Passou mais seis meses longe da emissora carioca, transferindo-se para a Bandeirantes, onde dirigiu o programa Rosa e Azul, com Débora Duarte e Antônio Marcos.
Um convite de Avancini o fez voltar para a Globo e dirigir as novelas Pai Herói (1979), de Janete Clair, e Água Viva (1980), de Gilberto Braga. Nos dois trabalhos, fez parceria com Paulo Ubiratan, com quem dividiu a direção em outras tramas de sucessos, como Coração Alado (1980), Baila Comigo (1981) e Jogo da Vida (1981).
Idas e vindas
De volta à Bandeirantes em 1982, produziu O Campeão (1982) e Braço de Ferro (1983). Em seu retorno à Globo, assumiu o cargo de diretor executivo da Central Globo de Produção. Na função, criou seriados como Armação Ilimitada (1985) e Tarcísio & Glória (1989), além de supervisionar as minisséries Anos Dourados (1986), de Gilberto Braga, Sampa (1989), de Gianfrancesco Guarnieri, Boca do Lixo (1990), de Silvio de Abreu, e O Sorriso do Lagarto (1991), de Walther Negrão e Geraldo Carneiro.
Ainda como diretor executivo, Talma esteve à frente de novelas clássicas como Brega & Chique (1987), Que Rei Sou Eu? (1989), Rainha da Sucata (1990) e de Corpo e Alma (1992). Na década de 1990, foi responsável por diversos Casos Especiais e episódios do interativo Você Decide (1992), além do humorístico Casseta e Planeta, Urgente! (1994) e da criação do seriado infanto-juvenil Malhação (1995).
Roberto Talma deixou a Globo em 1995, quando criou uma produtora independente e encabeçou dois projetos exibidos em parceria com o SBT: Colégio Brasil (1996) e Dona Anja (1996). Voltou para a Globo em 1999, implantando Gente Inocente (1999) e os infantis Bambuluá (2000) e Sítio do Picapau Amarelo (2001). Teve nova passagem pela emissora de Silvio Santos, para comandar o remake de O Direito de Nascer (2001), voltando para a Globo em seguida na novela A Padroeira (2001).
Em outubro de 2002, Talma sofreu um infarto, mas voltou a trabalhar dois meses depois e na direção-geral do especial de fim de ano do cantor Roberto Carlos. 

Fonte: Notícias da TV
Postado: Estação Rei do Baião

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